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Um filme intrigante...


Diversas pesquisas de historiadores discutem a relação dos excluídos, sejam eles flagelados da seca,judeus, negros, mulheres, pobres, doentes, idosos e o Estado. Geralmente quando eles (os excluídos) precisam ser retirados de algum espaço urbano, diversos poderes e instituições surgem com discursos científicos ou morais, para justificar o processo de retirada. E por esses dias, assisti a um filme que retratou essa temática, de uma forma inusitada, estou falando do filme Distrito-9 de Neill Blomkamp e Terri Tatchell, que já surpreende logo no inicio pela escolha do cenário, a cidade de Joanesburgo na África do Sul, e não as típicas cidades norte-americanas tão “batidas” nos filmes atuais. A história do filme é a seguinte: Uma raça extraterrestre, que aterrou na terra há 20 anos, vive segregada dos humanos numa área chamada Distrito 9 em Joanesburgo, os ETs com o tempo foram sendo instalados num distrito da cidade, que logo virou favela. A eles foi dado o apelido pejorativo de camarões. A Multi-National United (MNU) é a empresa que fica responsável pelo controle dos alienígenas e pela relocalização da sua população, mas tem também outros interesses como o de tomar posse da biotecnologia dos alienígenas para fabricar um perigoso armamento.A tensão entre humanos e extraterrestres cresce, sobretudo quando Wikus van de Merwe (Sharlto Copley) um operacional da MNU, contrai um vírus contagioso que modifica o seu DNA e que as poucos o transforma em um dos ETs. Wikus torna-se homem mais procurado do mundo sendo obrigado a fugir, e sem casa e sem amigos, só tem um lugar onde se esconder: o Distrito 9. Admito que o roteiro do filme não seja nada bom, mas a crítica realizada nele é fantástica, primeiro porque é usada a linguagem dos documentários, que dá o dinamismo da história, tem sempre um estudioso dando inúmeras explicações vazias para tudo que acontece. As formas de exclusão dos ETS demonstram a relação de poder do Estado para com os pobres e desabrigados, sobre a formação de favelas, o combate a criminalidade. O diretor poderia ter usado qualquer grupo social para caracterizar os renegados do sistema, mas a sua preferência acima de qualquer discussão do ponto de vista sócio-cultural foram os ETS. Assista a esse filme, ele vai surpreender você!

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